Corrida Rústica – Sesc Interlagos (20/11/2011)

Corrida Rústica - Sesc Interlagos

Corrida Rústica – Sesc Interlagos

Oba! Mais uma prova, mas dessa vez, fui só como acompanhante.

Pra quem não está muito acostumado ao mundo das corridas, assim como eu, o termo rústico quer dizer que pode ser uma prova em terreno acidentado, diferente do tradicional, ou seja, grama, areia, pedra ou mais de um tipo desses, juntos.

Sendo assim, só me restou acompanhar os demais e fazer a parte do fotógrafo =)

O mais legal de tudo isso, fora ver os amigos correrem, foi ver a solidariedade do pessoal que, desde a entrada, ajudaram na locomoção.

A própria unidade do Sesc Interlagos já é uma aventura para cadeirantes. O estacionamento fica logo no começo, próximo da entrada e é uma unidade que eles chamam de campestre, como se fosse um clube e muito, muito grande. Com seu piso de paralelepípedos e uma boa inclinação, imaginem a dificuldade.

Enfim, curtam as fotos. Foi um dia muito legal, com direito a pastel e caldo de cana numa feira, logo na saída, afinal, nem só de corrida vivem os atletas hehehe.

Álbum de fotos (165 fotos)

Aprender sempre…

Hoje foi um dia muito especial! Estive com pessoas pra lá de legais, aprendi um montão de coisas simples como compartilhar, rir de si mesmo, abraçar um amigo e também aprendi que perdendo, ganhamos.

Tem coisas que acontecem para as quais simplesmente não existem explicações. Na Meia Maratona da Corpore, já indo nos últimos 3 ou 4 kms, encontrei com o Marcel, da equipe 100boleto.com (visite!), papeamos durante um tempo mas não podia muito, pois estava competindo. Hoje, dois meses depois, nos encontramos novamente, ele e mais três outros amigos do grupo. Pessoas legais e daquelas que vc faz força pra parar de falar mas quer estar junto por mais tempo. Valeu amigo pela camiseta, usarei com o maior prazer e foi muito bom revê-lo e conhecer os demais.

Como disse, foi um dia especial. Estive o dia todo ao lado de pessoas que gosto muito, alguns já conhecidos de muito tempo e outros que tenho conhecido e aprendido a amar, cada um a seu modo, na sua intensidade, mas sempre crescendo juntos.

Aproveitei que estávamos por lá e fomos (eu, Alceu e Juliano) visitar a casa da Kely e do Phil, um lugar, ou melhor, um lar tão bom e agradável que dá vontade de ficar mais e mais. Já estamos voltando, em breve hehehe.

Na foto acima, na corrida de Indaiatuba, Circuito Cidades Paulista da OSCIP Rede Acesso, já tinha terminado o percurso mas resolvi esperar pelo outro cadeirante, o Marcelo (Marretão). Ele é uma dessas pessoas simples mas com quem a gente aprende muita coisa boa.

Conversamos bastante antes da prova, contou sua trajetória e um pouco de sua vida. Ele tem as pernas atrofiadas, sequela da poliomielite na infância, vende balas nos semáforos de Indaiatuba e recebe uma bolsa-auxílio da Prefeitura local,  o que em nada diminui seu valor e muito menos suas qualidades. No pouco tempo que tivemos antes da prova deu pra ver e ter ali um grande exemplo, não só de superação (real), mas também de vida e de boas experiências.

Usando uma cadeira de basquete ele fez o percurso de 8km. Ele é da cidade e não achei justo chegar antes dele, não pelo fato de ele ser de lá, mas por já ter feito provas assim, algumas de 10km em cima de uma cadeira dessas e saber o quão difícil é. Como estava com a bike, nada mais justo que cruzarmos juntos a linha, sendo assim, esperei.

O que aprendi hoje, fora tudo isso? Em resumo aprendi que estar com os amigos, fazendo o que gostamos, é muito bom, é ótimo, faz bem para a alma. Aprendi também que, ganhar não é uma questão de menor tempo, de quem chega primeiro mas sim de estar disposto a ceder um pouco de você, do seu tempo, para estar junto, dividir não só as glórias, mas multiplicar as boas experiências.

Valeu amigos,  Kely e Phil, Alceu, Juliano, Marcelo (marretão), Galera 100 Boleto (Marcel, Rogério Queirós, Leonardo Cesar, Milena e os outros 3 amigos -desculpem não saber os nomes-) e a galera Ecobel, sempre presentes (Adriana, Aroldo, Edilce, Grabriela, Hectir e Léo).

Santos 10k – novo limite / 23-10-2011

Continuando na nova (e deliciosa) caminhada nos inscrevemos numa nova corrida. Dessa vez no Sesc Santos e fui acompanhado dos amigos Alceu, Claudinei e Roger, que também participaram da prova.

Ainda não tenho a tal cadeira de atletismo. É, aquela mesma, cara, mas td bem.

Seguindo a determinação e a vontade, comecei os contatos com alguns amigos e, pra amenizar a dificuldade, consegui um quadro emprestado, um pouco mais esportivo. É de uma cadeira de basquete, ainda não o ideal, mas melhor que minha cadeira, tadinha, já arriando e rangendo hehehe.

Enfim, adaptamos o tal quadro. Peguei as rodas da minha, passamos uma borracha improvisada nos aros de impulsão e lá fui eu.

Cara, que viagem!

A cadeira, muito mais leve e confortável que a minha, não foi projetada também para corrida e estava com outros ajustes, pra outra pessoa, resumindo, cada subida era um tombo. Até onde lembro, foram três. Um logo ao amanhecer, dando um baita susto no Alceu. Logo ao passar da cama para a cadeira, kabum! Chão, chão, chão, chã-chã~chão…

Chegando ao Sesc, reunindo a galera e tal, mais um chão.. #$%@#$@%$@

Tá, levanta rapidinho, não deixa ninguém chegar perto. Ufa! Ninguém (quase) viu.. E não é que na retirada do chip, na frente de muuuuuuuuita gente a #@#$ da cadeira não vira de novo?! Raiva… Mas ai vem a parte mais engraçada. Estava já todo amarrado (tornozelo) na base da cadeira, pra dar mais sustentação. Eu e o Claudinei conversávamos e quando fui ajustar o número de peito no camiseta, blum! Fui pro chão. O engraçado foi eu pedir pro Clau, vai pega as pernas, pra facilitar pra eu me virar sair da posição de ponta-cabeça e ele pega, sem entender nada, e fica segurando minhas pernas, dificultando mais ainda.

Blz, vamos sair logo daqui e vamos pra largada, senão eu me esborracho todo e não consigo nem começar a prova. 😀

Caraca, que cadeiras lindas!!! Chegando a largada havia uma galera da equipe Fast Wheels Fila / ADD, deu até uma certa vergonha. Lembrei do infeliz lá de Sorocaba que perguntou se eu havia tomado água de penico ¬¬

Dada a largada, lógico que fiquei longe dos demais e ai percebi que havia um problema no eixo dianteiro. Fui devagar e segui adiante. No percurso fui acompanhado de alguns amigos, dentre eles o João Paulo, também da equipe Fast Wheels.

Poxa, 10 km não é fácil. Sol, percurso plano, mas vamos lá… primeiros 5km e cadeira ok. Na volta, já dando sinais de cansaço, quase paro por conta do eixo, mas reduzi e segui, pois vi o pórtico de chegada ao fundo. Cara, que ilusão hahaha. Quem estava na prova sabe do que falei. Ele era avistado logo, mas era um retorno. Estávamos no canal 5 e o retorno para chegar ao pórtico era no canal 7, lá no Aquário de Santos, enfim, já estava quase terminando.

Retorno feito, faltavam apenas alguns kms para o fim da prova. Não sei o que acontece nos metros finais, acho que uma descarga de adrenalina, misturada a emoção de concluir, dá um gás que chegamos a correr muito mais. Acredito que seja o tal do sprint final. Não tinha ainda experimentado isso.

Após as fotos alguém da organização veio ao meu encontro. Não sabia que tinha ganhado mais uma medalha. Pois é, nem eu acreditei, fiquei em 4o. lugar \o/  Minha primeira medalha que não foi só de  participação.

Mais um incentivo pra continuar hehehe. é isso ai, em breve tem mais. Estou atualizando o blog e devo postar as outras corridas e contar como estou participando agora, com uma handbike.

No próximo post, o maior dos desafios, Meia Maratona de revezamento do Sesc Ipiranga.

Álbum (89 fotos)